O jornal PUBLICO é que o diz. custa a acreditar mas será que se foi tão longe?1
Hoje em dia vemos alguns hipócritas censurarem uma senhora que leva os seios mais generosamente descobertos num templo, ou as costas desnudas, , no entanto, o que se passa nalguns meandros, no interior da própria IC é aterrador!!! A própria BBC __ que não é suposto ser anticlerical__ denunciou casos muito graves que envolvem figuras gradas da Igreja como o próprio irmão do Papa Bento XVI, na Alemanha, dentre vários países. VER AQUI
Custa a acreditar mas é a mais pura verdade. Isto andou escondido anos e anos devido a conivências ao mais elevado nível.
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É mais um escândalo de abuso sexual de menores a abalar a Igreja Católica. Desta vez, na Austrália. As primeiras conclusões do inquérito que tem estado a ser conduzido pela comissão que investiga a resposta das autoridades aos casos de abuso sexual de menores concluiu que pelo menos 4444 crianças terão sido vítimas de crimes sexuais em mais de mil instituições católicas espalhadas pelo país, entre 1980 e 2015, noticia a BBC nesta segunda-feira.
A Royal Commission into Institutional Responses to Child Sex Abuse, criada em 2013, está a investigar acusações de abuso físico e sexual em dezenas de instituições australianas, incluindo escolas, clubes desportivos e organizações religiosas. Os relatos de casos de abusos sexuais de crianças por parte de membros do clero já eram conhecidos, mas a verdadeira dimensão do problema só se tornou pública nesta segunda-feira, com a divulgação dos primeiros números recolhidos pela comissão, que deverá publicar o relatório deste trabalho no final do ano. Até 27 de Fevereiro, a maioria dos bispos do país será chamada a testemunhar, noticia a agência EFE.
Os dados divulgados pela comissão indicam que pelo menos 7% dos padres católicos do país terão abusado de crianças entre 1950 e 2010. Numa das ordens religiosas – a St. John of God Brothers – mais de 40% dos padres foram acusados de abuso. As histórias das vítimas são “deprimentemente semelhantes”, relatou Gail Furness, a conselheira jurídica da comissão neste processo, na primeira sessão pública sobre esta investigação, em Sydney. “As crianças eram ignoradas ou, pior do que isso, castigadas”, disse a advogada. As alegações não eram investigadas e os padres, ou outros responsáveis religiosos, eram “transferidos para paróquias onde as pessoas desconheciam o seu passado”.
Segundo Gail Furness, as 4444 denúncias recolhidas apontam culpas a centenas de religiosos, 93 deles em altos cargos da Igreja. “Das 1880 pessoas identificadas como supostos abusadores, 597 eram irmãos religiosos, 572 eram sacerdotes, 543 eram laicos e 96 eram irmãs religiosas”, disse a conselheira principal da comissão, citada pela Globo. Cerca de 78% das denúncias vieram de homens e 22% de mulheres. A idade média das vítimas à data dos abusos era de 10,5 anos no caso das raparigas e de 11,5 anos no caso dos rapazes. Em média, cada situação de abuso demorou 33 anos até ser reportada.