quinta-feira, 29 de março de 2018

FUMO BRANCO NA IGREJA?!








O Papa receia que a quantidade de padres homossexuais seja maior que a de heterossexuais, daí...



Bispo  do Porto quer mudar a lei
Quer que os padres também possam casar;
Antigamente assim era, bem sei,
Podiam ter mulher e procriar.

O Papa já pondera dar razão
A esta pretensão tão natural;
O celibato é aberração
É contra a natureza, é um mal.

«Crescei, multiplicai-vos», procriai,
Disse Jesus, e não fez excepções;
Um Papa disse mais tarde: «Parai!
Os padres não são galos, são capões!»

Este Papa vai dar um novo rumo
Pois esta Igreja está anquilosada
Ao casamento vai dar branco fumo
A tradição será, pois, retomada!

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Ramos de Barros

sábado, 24 de março de 2018

Sócrates e os virus nas escutas...







Na sua saga para  intimidar a justiça,  o arguido José Sócrates usa todas as estratégias. A dilação será obviamente uma delas. Agora,  vem o seu advogado alegar que as escutas estão infetadas com um virus tornando pouco perceptíveis as mensagens e os próprios intervenientes.
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Enfim, tudo manobras dilatórias destinadas a protelar, retardar a marcha inexorável da máquina judicial. O nosso ordenamento jurídico tem garantias e não podem ser lançadas borda fora. Daí a legitimidade destas manobras. Contudo, qualquer observador independente e lúcido não poderá deixar de olhar para isto como uma estratégia. E é.
José Sócrates, não estará, ele próprio, infetado por algum virus?!!!
Ao longo deste intrincado processo nós observamos situações caricatas e rocambolescas que indiciam algo de patológico na sua praxis. 
Há tempos a jornalista Manuela Moura Guedes, no jornal I, dizia mesmo abertamente, que era um caso paradigmático de um  psicopata.



Não irei tão longe. Acredito que foi infetado pelo virus da ambição. Ambição desmedida que o leva a tentar comprar toda a gente e a ultrapassar todos os obstáculos para conseguir os seus fins, comprando tudo e todos. Os diversos episódios que protagonizou, nomeadamente a compra dos seus próprios livros no mercado (usando intermediários), a contratação de uma entidade para lhe fazer o livro, depois, mandar fazer a tradução para francês,  tentando fazer crer que foi o seu trabalho  de aluno na Sorbonne, são algo de rocambolesco, patológico mesmo.
Um homem de certo relevo na política (e isto é inquestionável) ao enveredar por esta via tenebrosa sujeita-se a chantagens, a aproveitamentos ilícitos. Tudo se sabe, mais tarde ou mais cedo, e quem faz isto é capaz de muito mais. As formas de pagamento os esquemas imaginativos são fruto de uma imaginação doentia. Mais tarde ou mais cedo, com escutas ou sem escutas, tudo isto se vem a saber e é o escárnio generalizado.

A ambição quando em doses desmedidas gera monstros. sim, os criminosos são monstros onde a ambição é o gatilho. Ser ambicioso não é crime, até é saudável. Contudo, quando se pensa que os fins justificam os meios, que toda a gente tem preço, que tudo vai ser adquirido na feira da ladra, que é, grosso modo, esta sociedade moderna onde a lei da selva impera, então, o caso muda de figura. Já não é a ambição saudável normal em qualquer cidadão que se preze. É uma pulsão doentio que conduz à mentira compulsiva, ao crime  organizado,  à utilização de pessoas no próprio seio familiar e nas afetividades,  usando-as como simples marionetas descartáveis.
Usar as pessoas  e descartá-las, na hora em que deixam de ter interesse para saciar a sua sede de ambição é típico e sintomático.

Não foi isso que se viu ao longo de toda esta enxurrada de situações escabrosas? Não é isso que se vê neste icebergue medonho, onde ainda só estão visíveis algumas partes mas onde o resto poderá ser muito mais gravoso. Sim, porque quem funciona nestes moldes é capaz de tudo para silenciar adversários, para comprar colaboradores, para envolver compagnons de route...

As escutas relatam apenas alguns casos que se conhecem. O que mais andará por aí encoberto? Quantos apóstolos andarão a seguir o mestre, cumprindo uma estratégia bem urdida e destinada à sacralização da criatura no altar da opinião pública?!

Quanto teria pago para que os estudantes de Coimbra se prestassem a esta vassalagem ?! Quanto pagará pelos jantares de homenagem feitos por esse país fora, como sinal de "desagravo", para branquear a imagem do mestre, para incensar e polir a aura de santidade da criatura?!
A forma como fala de alguns "protegidos" (v.g. Carlos Magno e Afonso Camões) é algo de preocupante para a própria comunicação social em geral. Ele visa o controlo absoluto e tudo fará para conseguir esse desiderato. A sua "solução final" será arrumar com todos os jornalistas com verticalidade que não são seus arautos e que não vergam ao peso do vil metal.
Sabemos que como pano de fundo existe a cobertura da fraternidade maçónica. Contudo, o caso do juiz Rangel veio pôr a nu  toda a força de que dispõe, todo o arsenal de gente politicamente grata ou  deslumbrável com certas excentricidades financeiras.
O que se sabe e veio a lume é apenas a parte visível do icebergue. Os tentáculos poderosos que podem estar silenciados neste momento mas que se adivinham potencialmente poderosos, poderão desencadear um tsunami de dimensões colossais.

A vida do juiz Carlos Alexandre está em perigo, ninguém duvide. Certos jornalistas do _Correio da Manhã e da própria televisão (os que não vergaram...), podem, a todo o momento ser alvo de situações graves pois a superestrutura  que controla tudo isto, está indelevelmente ligada a ele. Nomes? Deixo ao cuidado dos leitores... Eles são tantos...
Os fins justificam tudo: a mentira sistemática, a obstrução da justiça, a intimidação de jornalistas, a intimidação de juizes.

josé leite de sá

terça-feira, 20 de março de 2018

Oraçao de sapiência: «A crise pela entidade Criadora»...




Vede, ignaras criaturas
a crise em todo o esplendor
o mestre das diabruras
qual santo, lá nas alturas,
vai ser o "sacro" orador!





Coimbra, esta eloquência,
derramada com esmero
é a voz da experiência
à crise deu refulgência
um mestre, sem exagero!

Do Choupal até à Lapa
Coimbra, em genuflexão...
honoris causa, não escapa,
gente de batina e capa
se rende... a um espertalhão!

Minerva, tens um rival
deus nas letras, se não erro,
criatura sem igual
usa um testa-de-ferro
é um génio, virtual!

Arrivista, com mestrado!
tem lacaios a granel
da crise, é o pai chapado
embora o tenha negado
pois  recusa esse papel.




Ramos de Barros

quinta-feira, 15 de março de 2018

PR, corre demais?!



Se há chagas sociais, hiperativo,
Vai  a correr, quer dar aquele abraço,
Sarar feridas, ser também regaço,
Âncora ou um cautério curativo.

Mas gregos e troianos dizem mal
Dizem que é populista, que é demais!
Manchetes na TV e nos jornais
Só quer protagonismo eleitoral!

Ser preso por ter cão e por não ter
Todos nós já sentimos a injustiça;
Se ficasse em Belém... tinha preguiça!

Correr ou não correr, eis a questão!
Gente ingrata nós sempre iremos ter
Prefiro vê-lo assim, assim vai ser!

José Leite de Sá

14-03-2018

Futebol, pão e circo?!



Pão e circo, dá votos e mantém
O povo bem a leste do real;
Papel do futebol em Portugal
Ópio do povo, faz mal ou faz bem?!!

Semente de paixões, ódios letais,
Fascina as multidões, gera conflitos,
Faz idolatrar falsos deuses, mitos
Alimenta caciques tão venais.


Guerra e paz, futebol tudo alimenta
De besta a bestial é um instante
Aliena ou motiva, é intrigante...

Às vezes, nos fascina e/ou violenta
Outras, estranha fé nos acalenta;
Se entranha em nós, qual droga inebriante.

José Leite de Sá



quinta-feira, 8 de março de 2018

DIA DA MULHER!

Amazonidas 

Márcia Wayna Kambeba; poeta da etnia Omágua Kambeba

Somos filhas da ribanceira
Netas de velhas benzedeiras,
Deusas da mata molhada,
Temos no urucum a pele encarnada,

Lavando roupa no rio, lavadeiras,
No corpo o gigado de carimbozeiras,
Temos a força da onça pintada,
Lutamos pela aldeia amada,

Mas, viver na cidade nao tira o direito de ser,
Nação, ancestralidade, sabedoria, cultura,
Somos filhas de Nhanderú, Senerú, Nhandecy
O Brasil começou bem aqui...

Não nos sentimos aculturadas,
Temos a memória acesa,
E vivemos na certeza de que nossa aldeia
Resistirá sempre ao preconceito do invasor,
Somos a voz que ecoa. Resistência? Sim senhor!
Mulher negra