terça-feira, 28 de agosto de 2018
E se a Inquisição existisse hoje?!
Li há tempos as peripécias de algumas figuras ilustres da nossa cultura (padre António vieira, Damião de Góis...) que foram vítimas da Inquisição. Os defensores da ortodoxia, os expoentes da pureza religiosa, os zelotas que sempre houve e haverá através dos tempos, cumprindo os seus rituais cientes sob total impunidade. Foi deveras pedagógica aquela leitura.
Imagino o que seria existir agora esta tenebrosa instituição. O próprio Papa Francisco estaria certamente entre as suas vítimas e já teria sido "excomungado" há muito..
Enfim, sempre admirei os que tiveram a ousadia de se interrogar, os que ousaram afrontar as ortodoxias e os medos. Os hereges e os dissidentes de ontem são os heróis de hoje...os precursores de novos caminhos e de novas formas de pensar.
Hoje em dia o Papa é o paradigma dessa anti-ortodoxia, dessa rejeição de estigmas e de dogmatismos iníquos.
Quem há cem anos imaginaria o que o pensamento religioso mudou e o muito que falta mudar é desafio a deixar-nos cada vez< mais atentos a esse desabar de preconceitos e de tabus.
Este Papa já é considerado um anti-Cristo e um blas
femo. qualquer dia obrigam-no a resignar por heresia!
Vai uma aposta?!
domingo, 26 de agosto de 2018
David Mourão Ferreira
Noite Apressada
Era uma noite apressada
depois de um dia tão lento.
Era uma rosa encarnada
aberta nesse momento.
Era uma boca fechada
sob a mordaça de um lenço.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!
Imensa, a casa perdida
no meio do vendaval;
imensa, a linha da vida
no seu desenho mortal;
imensa, na despedida,
a certeza do final.
Era uma haste inclinada
sob o capricho do vento.
Era a minh'alma, dobrada,
dentro do teu pensamento.
Era uma igreja assaltada,
mas que cheirava a incenso.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!
Imensa, a luz proibida
no centro da catedral;
imensa, a voz diluída
além do bem e do mal;
imensa, por toda a vida,
uma descrença total!
David Mourão-Ferreira, in "À Guitarra e à Viola"
depois de um dia tão lento.
Era uma rosa encarnada
aberta nesse momento.
Era uma boca fechada
sob a mordaça de um lenço.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!
Imensa, a casa perdida
no meio do vendaval;
imensa, a linha da vida
no seu desenho mortal;
imensa, na despedida,
a certeza do final.
Era uma haste inclinada
sob o capricho do vento.
Era a minh'alma, dobrada,
dentro do teu pensamento.
Era uma igreja assaltada,
mas que cheirava a incenso.
Era afinal quase nada,
e tudo parecia imenso!
Imensa, a luz proibida
no centro da catedral;
imensa, a voz diluída
além do bem e do mal;
imensa, por toda a vida,
uma descrença total!
David Mourão-Ferreira, in "À Guitarra e à Viola"
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
OS NOVOS VAMPIROS...
Vieram em bando, que praga, que pandemia
porcos-vampiros, manada assim não se via
nesta vilipendiada democracia
e foram estes tratantes
que enganaram os emigrantes
com promessas mirabolantes
e tiveram um presidente-conivente
que deu cobertura ou roubo indecente
pra abafar a escandaleira
falou na almofada financeira
perito em ilusionismo
iludiu com mestria e cinismo
tanta gente imprevidente
que acreditou cegamente
nesta choldra incontinente...
Ocultaram com mestria
o caudal de hipocrisia
contas falsificadas
supervisões viciadas
por mecenas quiseram passar
ao futebol patrocinar
enterrando ali milhões
criando novas ilusões
com perícia de burlões
usando paraísos fiscais
para corrupções letais
usando ministros-chacais
também eles bons serviçais
nesta empreitada suicida
que jamais será contida...
Furtaram-se à prisão
sentados em bons sofás
vivendo que nem marajás
vendo o povo a água e pão!
Porcos-vampiros de Portugal
corja ttão sórdida, tão imoral
mas... sorrindo que nem vestal!
domingo, 12 de agosto de 2018
Exorcismos, as boas práticas...
O antigo cardeal patriarca d e Lisboa, D. José Policarpo, quis dar aos exorcismos um ar de dignidade que nem sempre têm tido, sobretudo nas mãos de alguns abutres,,,
Assim, publicou um documento em que refere as boas práticas e a imprescindível separação entre aquilo que é obra do diabo e desequilíbrio psicossomático. Enfim, quis corrigir "excessos" e dar credibilidade. Diz também que após a cremação as cinzas nao devem ser lançadas à terra. Será que a terra é impura?! às vezes chega-se a pensar que sim...
Eis aqui o célebre documento divulgado por ECCLESIA
Assim, publicou um documento em que refere as boas práticas e a imprescindível separação entre aquilo que é obra do diabo e desequilíbrio psicossomático. Enfim, quis corrigir "excessos" e dar credibilidade. Diz também que após a cremação as cinzas nao devem ser lançadas à terra. Será que a terra é impura?! às vezes chega-se a pensar que sim...
Eis aqui o célebre documento divulgado por ECCLESIA
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
Um aroma de sageza e lucidez...
VER AQUI
Também eu comungo desta análise.
Também eu comungo desta análise.
Teu humanismo sério e tão profundo
Foi "Terra Firme" e "Mar" em comunhão...
Do povo, o sofrimento abriu um mundo
Cheio de dor, mas pleno de emoção!
No teu "Diário", abriste a alma pura,
Consciência telúrica sem par...
Com teus "Bichos", fintaste a ditadura ;
Humanos!!!, dá prazer vê-los falar!...
Tão plurifacetado, tão ecléctico,
Arma-pedagogia sempre à mão
Escritor, mas também... um cidadão!...
Mesmo em prosa, o teu estilo foi poético,
Teu relacionamento dialéctico
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