Glorifiquei-te no eterno,
Eterno dentro de mim,
fora de mim perecível.
Para que desses um sentido
a uma sede indefinível.
Para que desses um nome
à exactidão do instante
do fruto que cai na terra
sempre perpendicular
à humidade onde fica.
E o que acontece durante
na rapidez da descida
é a explicação da vida.
Natália Correia in Livro dos Amantes
Hoje em dia, quando a treva e o obscurantismo teimam em emergir, de novo, acobertados por falsos puritanismos e censuras de diversa índole, importa relevar os valores da liberdade e da dignidade como alicerces de uma vivência cívica sem preconceitos, tabus hipócritas ou baias censórias.
A Natália Correia, Minerva dos Açores
Mulher d'armas, mulher de liberdade
Combateu a mordaça da censura;
Aurora boreal na obscuridade
Chama viva no breu da ditadura.
Liberta e destemida, ousou dizer
Não! ao falso pudor da senil gente
Detendo os cordelinhos do poder
Mas que abusava dele impunemente!
Não vergou à justiça hipotecada
Não calou a revolta que sentia
Ao ver a gente simples humilhada.
Me curvo ao seu fulgor original
No céu das Letras brilha noite e dia
Esta nossa Minerva sem igual!
Rouxinol d e Bernardim
A Natália Correia, Minerva dos Açores
Mulher d'armas, mulher de liberdade
Combateu a mordaça da censura;
Aurora boreal na obscuridade
Chama viva no breu da ditadura.
Liberta e destemida, ousou dizer
Não! ao falso pudor da senil gente
Detendo os cordelinhos do poder
Mas que abusava dele impunemente!
Não vergou à justiça hipotecada
Não calou a revolta que sentia
Ao ver a gente simples humilhada.
Me curvo ao seu fulgor original
No céu das Letras brilha noite e dia
Esta nossa Minerva sem igual!
Rouxinol d e Bernardim