Tem sido recorrente, em Vila do Conde, da parte do PS, dizer que falar do passado é negativismo. Ora, ouço alusões permanentes ao passado, da parte do PS, sobre a obra feita, com abundantes autoelogios e não me consta que considerem isso negativo.
Enfim, se for a oposição a fazê-lo é negativo, mas se forem eles já não é.
O juiz eleitor, no julgamento eleitoral, precisa de dados. Vai buscá-los ao passado ou ao futuro?!
A resposta é óbvia. Se nos pratos da balança só houver dados da situação, o julgamento sai viciado.
O dr Miguel Paiva, um indivíduo inteligente, deixou-se enlear por este sofisma e dizia que só falava sobre o futuro, que era mais positivo. Perdeu redondamente e perderia sempre!
O Papa Francisco fala sobre o passado da Igreja, critica severamente comportamentos censuráveis (perseguição aos judeus, pedofilias, abusos de autoridade...) e todos lhe admiram a coragem!
Aqui, em Vila do Conde, a estratégia manhosa e subtil do PS é dizer que falar do passado é mau, é negativo! Espera-se que o engº Constantino corrija rapidamente esta postura servil e medrosa, não tendo medo de falar do passado, denunciando os abusos, a promessas não cumpridas, as derrapagens nas empreitadas, os tratamentos de favor a alguns em detrimento de outros..
Ter medo de falar do passado só deu derrotas e mais derrotas. E há gente aparentemente inteligente a falar nos jornais e a defender a estratégia dos socialistas: falar no passado é negativo, nós não somos "maledicentes", somos positivos, só falamos no futuro!!!
Isto é ridículo, patético mesmo, e é uma das causas das derrotas sucessivas dos sociais-democratas em Vila do Conde! Aqui a verdade anda oculta durante muito tempo. Por vezes só se sabe a verdade tarde demais. Nessa altura eles dizem:«estão a desenterrar coisas velhas, só falam de arqueologias, são ressabiados», etc, etc...
É esta cassete que tem mantido o poder sempre na mó de cima. E há gente da oposição a repeti-la até à exaustão, fazendo, obviamente, o jogo de quem está no poder e não convive bem com a crítica! era bom que o engº Constantino começasse a DESCOLONIZAR MENTALMENTE alguns correlegionários pois eles deixaram-se capturar por este sofisma enganador. Há que não ter medo de denunciar. a denúncia é pedagógica, construtiva e regeneradora. Denunciar com rigor, com objetividade, sem ofender, mas com o nobre intuito de corrigir os erros cometidos, é um imperativo moral e cívico. Só assim haverá esclarecimento e escrutínio sério e atento sobre o poder executivo! Calar, enterrar a cabeça na areia, ter medo de denunciar é próprio dos fracos e dos cobardes.
Ter medo de denunciar os abusos, as perseguições __ como mandar a tribunal autarcas por delito de opinião, já é rançoso... e depois dar o perdão com ar magnânimo, é miserável__ é meio caminho andado para a derrota. Há que ter a coragem de falar sobre o passado! eles falam até do ante-25 de Abril, dizendo que dantes nada se fazia, depois vieram eles e foi uma transformação milagrosa, esquecendo a descentralização financeira que se operou por força de mudança de regime!!!
O juiz eleitor não quer saber de promessas, então, quem tiver mais atrevimento e mais imaginação é que vence!
DESCOLONIZAR AS MENTES faz falta!
jose sá
descolonizador
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