sexta-feira, 9 de setembro de 2016
JUSTIÇA VERSUS ECONOMIA!
Tem sido recorrente a acusação feita por responsáveis da administraçao da justiça em Portugal de culparem a economia pela falta de recursos e de meios para que ela possa levar avante a sua missão. Será justa esta observação? Não será antes uma desculpa esfarrapada?!
Neste momento o país assiste a um excesso de litigância encontrando-se os tribunais entupidos para cobrança de dívidas fiscais. A justiça, neste cenário, pede mais meios e tem razão.
Contudo, qual o cerne da questão? Será que a culpa é só da economia, lato sensu?
A economia está débil pois a justiça não é atractiva para investidores. Os governantes têm má fama e desincentivam investimento externo. Será que houve fundamentos no caso Freeport?! Não sabemos porque a justiça foi fraca, não foi ao fundo da questão, ora, ao não aprofundar o assunto, assistindo-se ao ridículo de um magistrado dizer que não teve tempo de ouvir o principal suspeito (eng José Sócrates) ficou no ar a convicção de que houve de facto algo de muito grave. Até porque o denunciante, mais tarde, acusado de tentativa de extorsão, foi absolvido!!!
Há de facto diversos segmentos a quem imputar as culpas pelo mal estar na justiça, incluindo a ela própria. A economia tem as costas largas. Os governantes e os autarcas, tantas vezes usam e abusam da justiça para moverem processos crime por atentado à honra e bom nome que cheira a esturro! Coisas de lana caprina vão entupindo os tribunais com litigâncias patéticas, devendo, nós cidadãos honrados e pagadores de impostos, por uma questão de bom senso, repudiar estes excessos que não abonam nada a favor da justiça que temos. Ela é fraca com os fortes e excessivamente forte com os fracos!
Oxalá o juiz Carlos Alexandre nos traga algo de novo a uma justiça que é muita parra e pouca uva!
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