domingo, 30 de abril de 2017

TRABALHADORES DA GERINGONÇA




BENZER A GERINGONÇA, JÁ!

A Geringonça deu um novo ar
Dinamizando a própria economia
O défice  lá vai, sempre a baixar
Trabalhar assim, dá gosto e alegria.

Resilientes, sempre a trabalhar
Sempre dando ao pedal,  com energia,
O mundo se espanta, é caso a estudar,
Máquina assim, há muito que eu não via.

É a locomotiva da Nação
Ecológica, é limpa e saudável
Faz revitalizar o coração
Energia?! Fé. Fé inabalável!

Papa Francisco, anda cá ver isto
Se não é um milagre,  então que é?!
A aplaudi-los também eu não resisto
Tão feliz comunhão: trabalho e fé!

Vamos benzer já esta criatura
Dar-lhe hóstias, pregar alguns sermões
Obter seguradora bem segura...
Não vá cair nas mãos de alguns ladrões!

Registar a patente sem demora
O mundo vai querer nos copiar
Tanta massa cinzenta ela incorpora
Até Deus... cai de pasmo... só de olhar!

jose m l sá

Papa ataca teocracias!

Matar em nome de Deus, nunca mais! é este o apelo do Papa, feito no Egito, onde a Irmandade Muçulmana, depois de atingir o poder fez atentados e massacres sem conta, acabando por obrigar os militares a repor uma situação mais benigna, muito embora não seja  ainda uma democracia.
O Papa quis desmistificar todos aqueles que, usando a religião como trampolim,  a instrumentalizam para atingir o poder. 
Poder político, poder económico, prestígio social.
Tal como Jesus Cristo empunhando o chicote regenerador o Papa Francisco foi ao âmago da questão. Falou e até teve o desassombro de elogiar os ateus. É melhor, disse ele, ser ateu, do que religioso, mostrando muitos sinais exteriores de fé, rezar muito e fazer muitas genuflexões e depois, matar inocentes, criar matanças em nome desse Deus que tanto invocam. Hipocrisia, insanidade, barbárie!!!
  O massacre perpetrado na igreja de S. Domingos em Lisboa, em abril de 1506, dando origem a uma carnificina ignóbil contra os cristãos-novos foi um episódio triste, ignominioso,  que importa recordar pois nós  fizemos aquilo que agora condenamos aos muçulmanos.

. Veja AQUI

As teocracias estão cheias de episódios sangrentos, onde o ódio ao infiel (seja de que credo for) é algo que repugna qualquer consciência bem formada. Religião assim, é uma patologia social, uma aberração, um ultraje. Deus não quer que se propaguem estas malfeitorias. Existem holligans da religião em todo o lado, sendo o braço armado de alguns líderes que querem apenas o poder a todo o custo. Fomos como eles, no passado, muitas vezes,  e devemos ler a história e meditar nos erros do passado. Se há quem ironize dizendo que as religiões não passam de meras multinacionais da fé, tenhamos ao menos a coragem de pedir respeito pela concorrência, aceitar regras de coexistência pacífica sem as quais a cidadania e o viver em sociedade é impossível. 

Se alguém achar que a religião é droga e não a quiser consumir, aceitemos de boa vontade esse estado de espírito pois é legítimo e até saudável como garante o Papa. É óbvio  que ao fazer uma espécie de apologia do laicismo estará a ser maltratado pelos conservadores, mas é sina de todos os revolucionários serem vítimas daqueles que perdem privilégios com as revoluções...

terça-feira, 25 de abril de 2017

Abril desencantos mil...







Abril renasce de novo
Faz-te ouvir nesta cidade
Enchem a boca de povo
Mas só se vê ... vacuidade.

A mentira num altar
A verdade numa cruz
Abril foi a sepultar
Vil metal é que reluz!

Há tantos de cravo ao peito
De algibeira recheada
Fazem promessas a eito
E depois... não cumprem nada.

Foguetes, papas e bolos
Muita conversa da treta
Promessas seduzem tolos
Depois, lá vão p'rá gaveta.

Atrás dos cravos se escondem
Palavras engravatadas
Ao povo nunca respondem
Ficam de costas voltadas.

Coragem?! só p'ra mentir
Já estamos escaldados
Prometer e não cumprir
É o que há mais por estes lados.

Discursos de Abril não trazem
Nada de novo ao país
Grande e longa é a roupagem
Grande, também, o nariz!

Tantas promessas de Abril
Ficaram só no tinteiro
E o povo?! amocha, servil,
Só pontapés no traseiro!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Papa Francisco a transparência...

O Papa Francisco e o professor Marcelo Rebelo de sousa têm muito em comum. eles são adeptos da transparência e do escrutínio das instituições. eles querem a verdade e não a opacidade. A verdade acarreta custos e dissabores para alguns. Os detentores do poder detestam a verdade. Eles sabem que a mentira é tantas vezes a sua tábua de salvação. Eles bem sabem que há tantas situações que é preciso encobrir, esconder, lixo que é preciso atirar para debaixo do tapete. é o governante tal, o presidente de câmara X, o banqueiro Y. Contudo, a verdade como símbolo da transparência é por eles detestada. chamam aos que dizem verdades inconvenientes (para eles) maledicentes, outras vezes invejosos...

Tempo de coruja e tempo de falcão

Assistimos em vila do conde a uma autêntica "revolução" no contexto  politico-partidário pré-eleitoral. De um lado o PSD vê.se esburacado por dois dissidentes (Arquitecto Amorim Costa e engº Vilela) que, ansiosos de protagonismo e de um lugar no executivo municipal lançam-se como independentes; do lado do PS o Dr Cardoso (de Mindelo) assume com exuberância a sua discordância em relação à candidata socialista Dra Elisa Ferraz. Será que vai também assumir-se como independente?
Falta o CDS. Bem sabemos que em tudo na vida há hora de corija e hora de falcão, e crê-se que possa aproveitar o desnorte nas hostes adversas e colher dividendos. Se apresentar um candidato forte, que joque com os dois pés (como diz a gíria futebolística) que tenha bom jogo de cintura, capaz de uma abrangência e de uma pluralidade sensata e agregadora, poderá enfim dar ao CDS aquele protagonismo que nunca teve. Artur Bonfim para aquilo que investiu e para o mérito do candidato teve poucos votos, merecia mais, muito mais. Agora quem se perfila no horizonte?
O concelho está ansioso. A meta dos dois vereadores poderá ser atingida agora, se as coisas correrem de feição. será então a hora de falcão do CDS.
Aré lá as corujas pensantes tenham a sensatez e o discernimento de aproveitar o descalabro e o desnorte na concorrência.

RAMOS DE BARROS

quarta-feira, 12 de abril de 2017

DEUS-TAMPOLIM

Desde tempos remotos que Deus tem sido usado com vários fins. Desde finalidades políticas, até comerciais, passando por objetivos de natureza promocional. ´E uma fachada, um caça níqueis, um isco. Criticamos os excessos e lamentamos que a humanidade tenha sido vítima de atrocidades cometidas em nome de Deus. Há muito oportunismo por trás da utilização de Deus. Há uma similitude notória entre o período das Cruzadas e  esta mortandade iniciada pelo DAESH (alegado Estado Islâmico), muito embora  estes excessos serem  incomparáveis. Contudo, desde o político paroquial que anda de sacristia em sacristia, de procissão em procissão só para caçar votos e branquear  a imagem tantas vezes minada por administração danosa, tudo isso é susceptível de ser enquadrado no mesmo contexto. tudo são apropriações abusivas da religiosidade popular para alcançar fins  não visíveis a olho nu. Desde o tempo de Bocage em que ele desmistifica (em poesia satírica) uma beata que dizia prever o dia da sua morte, corroborada por um frade, grande orador sacro do alentejo, que viria a ser desmascarada pois à hora da morte tudo se precipitou, até ao monge que em Coimbra fazia injectar sangue de pomba nos olhos de uma imagem sagrada, enfim, o embuste anda de mão dada com a credulidade popular. Os aproveitadores são imensos. Há que usar o chicote de Jesus para desmascarar estes  que se colam beatificamente a Deus para colherem dividendos iníquos.

DEUS TRAMPOLIM

Teocracias tolas, terroristas
Vão fazendo sangrar a humanidade
Dizem que Deus apoia a mortandade
Loucos da fé, obscenos belicistas.

À sombra de um profeta, do corão,
Usados, deturpados, convertidos;
Ao fundamentalismo submetidos
Espiral de terror, não é islão!

A ambição é matriz desta cruzada
Só megalomania dementada;
Deus, apenas pretexto, um guião.

Deus, apenas bandeira ensanguentada
Deus, ópio e alibi, encenação
Do mundo em permanente convulsão|!