quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Sorrir, mas também chorar...



Hoje em dia quando os cristãos (sobretudo católicos) são perseguidos  em tantos países do mundo, há que meditar muito e rezar por quem sofre. Os muçulmanos invadem a União Europeia, reivindicam, exigem, fazem ameaças, até matam por tudo e por nada. As mesquitas surgem como cogumelos...
Pergunta-se: que fizeram os cristãos de África para serem perseguidos e torturados?
Nada. Limitam-se a praticar a sua religião como podem, com todas as privações e sacrifícios, sendo mártires da fé.
O Papa fala em sorrir, e está no seu direito, não podemos cair no pessimismo e na depressão.
Contudo, há que meditar na melhor forma de proteger esses nossos irmãos e repensar algumas posturas.
Se se fizessem menos festas de arromba e se canalizasse o dinheiro poupado poderiam ser feitos esforços para redimir esses cristãos perseguidos. Se se poupasse mais nalgumas mordomias, se se optasse por manifestações de fé menos  pomposas (quantos foguetórios seriam dispensáveis?) talvez ficasse algum para eles.
Folclore e espetáculo não são compatíveis com uma fé humilde e não ostentatória como Francisco de Assis propunha.
Há muitas formas de dar testemunho da fé, sem ser preciso festejando e manifestando júbilos descabidos.

Enfim, já para não falar no caso do bispo Barros, do Chile, acusado de proteger pedófilos, tendo uma das vítimas (Juan Carlos Cruz)  enviado carta ao Papa a denunciar esses abusos e o Papa ter metido a cabeça na areia, como a avestruz. O Chile é um pântano de pedofilias e de abusos. Só não vê quem quer tapar o sol da perversidade com a peneira da cumplicidade. VER AQUI

Sorrir? A situação é cada vez mais lamentável e a Igreja ou se regenera a sério ou  cai no ridículo!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Donald Trump... o racismo mais feroz e aviltante!

É deveras preocupante assistir cada vez mais a episódios burlescos em que o presidente dos States é o protagonista assumindo um papel ridículo mostrando ignorância, falta de cultura, falta de civismo e até falta de nível.
Chamar "países de merda" a alguns países menos dotados financeiramente ou com populações de cor, sobretudo,  é aviltante e só rebaixa o país que tem um presidente deste calibre. Barack Obama era de uma lisura de trato e de uma elegância  cívica e cultural extraordinárias, o que contrasta de forma flagrante com este político sem craveira, sem sentido de Estado, sem alma.

África que teve em Nelson Mandela o seu expoente máximo, em Leopold Senghor um símbolo  e um paradigma da cultura africana, o poeta da negritude,  em Agostinho Neto, um pensador  e um poeta de elevado quilate, olha perplexa  para este "monstro" e interroga-se: até quando irá fazer tristes figuras? Até quando a América irá suportar esta vergonha?
Sabe-se que a sua saída de cena estará para breve, os escândalos e as provas de incapacidade e de sentido de responsabilidade são óbvias e evidentes. O seu envolvimento com a Rússia poderá ser o canto do cisne, contudo há mais aspetos a ponderar e a ser equacionados para que a sua destituição comece a desenhar-se. Quanto mais depressa melhor, pensa a generalidade dos americanos de bom senso.

Racismo canhestro, xenofobia primária, chauvinismo,  além de outros fatores relevantes, começam a coloca-lo borda fora. O mundo inteiro fica espantado como foi possível esta figura patética, que mais parece saída dos quadros  patológicos da Ku Klux Klan,  ter atingido o topo  da hierarquia do estado,  de forma tão fácil.

O povo americano não tem culpa de ter ao leme uma figura deste calibre, desta mediocridade moral e estatura cívica. Os escândalos sexuais e o comportamento assediante (de cariz exibicionista) podem vir a causar-lhe dissabores graves. O seu cargo pode dar azo a chantagens e outras motivações de alcance grave.
 Dizem que Putin o tem na mão. Não sabemos até que ponto isso poderá ser verdade e quais as implicações no futuro. Pode ser uma carta na manga a ser jogada oportunamente. O futuro nada de bom augura. O povo americano começa a dar sinais de insatisfação (e de preocupação). As mulheres já começaram a manifestar-se em larga escala e não se sabe até onde poderá ir esta fúria . E não é só o feminismo exacerbado, mas também outros segmentos da sociedade.  Parece uma segunda versão, mais esclerosada e patológica de Berlusconi...
Nunca um presidente  americano gerou tanta polémica. Será que o impeachment virá, como corolário lógico de todo este imbróglio?! A ver vamos...

Seria bom fazer um retiro espiritual e meditar na sua conduta e nos graves problemas que pode vir a causar aos americanos e a toda a comunidade universal. Gente deste quilate, num lugar chave,  é um foco patológico alarmante e uma génese potencialmente diabólica...
Um retido como o do Papa Francisco (VER AQUI) far-lhe-ia bem. Muito bem. A Humanidade agradeceria. Talvez o padre Tolentino de Mendonça o curasse das sua maleitas...



terça-feira, 16 de janeiro de 2018

João Lourenço, o novo ultimato?!

Exmº Senhor Presidente da República Popular de Angola:

Tivemos um ultimato aquando do chamado ",mapa cor de rosa". Será que ao pretender influir na condução da nossa justiça estará a fazer um ultimato?

Se sim, era favor virar a página...

Rui Rio quer apoiar Costa?




A Dra Manuela Ferreira Leite numa expressão muito sui generis, diz que o PSD deve "vender a alma ao diabo"  isto é, apoiar o PS se com isso conseguir afastar o BE e o PCP da esfera do poder.

Enfim, não tenho preconceitos ideológicos de fundo. Já vi em Itália uma aliança entre a Democracia Cristã e o Partido Comunista ( liderado por Enrico Berlinguer, um conhecido eurocomunista, fora da alçada moscovita...) e funcionou. Tudo depende dos agentes envolvidos e da autenticidade dos protagonistas.  Ideologismos exacerbados são perniciosos e atentam contra os pragmatismos.

Rui Rio está aberto a tudo. Em princípio quererá vencer por maioria absoluta, como é natural. Depois está disponível para alianças, sejam elas quais forem.

Ora, dentro desta idiossincrasia,  surge a Dra Ferreira Leite a usar a expressão "diabo", com certa graça e a propósito, recebendo críticas ferozes, contudo, na minha modesta opinião, sem fundamento. ela está em linha com o pensamento e a prática de qualquer político pragmático e experiente. Nunca digas que desta água não beberei, foi o que quis dizer Rui Rio na sua e é o que ela quer dizer, na dela...

Classificar de "diabo", o principal adversário partidário, não significa que não possa existir, num contexto específico __o interesse nacional deve sobrepor-se aos egoísmos corporativos e partidários, sempre, já dizia Sá Carneiro: «acima da social democracia está a democracia...»__daí que,  o discurso da Dra Ferreira Leite tenha razoabilidade, tudo depende dos resultados eleitorais e das circunstâncias políticas e economicofinanceiras do momento.

j Leite de Sá

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A brasileira da rua das Pegas...




Viera do Brasil com o único fito de depenar o meu amigo Túlio. Mas ele  nem sequer desconfiava. Já entradote, ultrapassara a casa dos oitentas,  e, sempre bem comido e bem bebido, tinha-se na conta de um D. Juan, de um Romeu de terceira idade, muito nutrido de carnes, muito simplório, muito ego insuflado por conquistas esporádicas, mais baseadas na sua virilidade financeira do que na sua aparência física.

Sobrenutrido de carnes, mas subnutrido de  sensatez, foi ao Brasil pescar gajas. De pescador virou pescado. De predador voraz virou vítima indefesa. De algoz virou cordeiro imolado...

Ele era muito ingénuo com as mulheres. Tinha a convicção de que elas o adoravam pela sua capacidade de sedução, pelo seu charme, pelo seu glamour. Julgava-se um Pinto da Costa, esse domador de odaliscas, capaz de fazer as mulheres cirandarem à sua volta como as borboletas  que  se encandeiam com a luz. Enfim, Túlio Santos, o meu amigo,  fazia lembrar aquele personagem criado por Eça de Queiroz que se apaixonou pela espanhola Conchita e foi por ela depenado de forma tão despudorada que a nossa alma lusitana fica a sangrar...Ir "às espanholas", naquele tempo, é agora a nova moda "ir às brasileiras"!
Túlio confiava na sua astúcia, no seu porte varonil e na sua virilidade financeira,  como íman capaz de atrair corações e devoções. Mas ela, a brasileira já balzaquiana, a Pureza, tinha outras intenções, outros objetivos, outras miragens...Não, não se apaixonara por ele, mas  apenas pelo vil metal...

Ela já conhecia o segredo do cofre. Tentara várias vezes que ele lá guardasse as sua "jóias",  duas pulseiras a imitar prata, mas lata pura, e conseguira obter essa bênção. Era só dar o golpe fatal...

Ela levava-a a passear com uma matrona leva o seu cachorro de estimação a fazer as necessidades fisiológicas. Era o Porto, era Guimarães, era Braga, era Aveiro, era Coimbra, era a Figueira da Foz ou Espinho. Ele era conduzido por ela. O seu pecúlio, arrecadado ao longo de muitos anos de labuta e de sacrifício,   ia diminuindo a olhos vistos; Ele,  Túlio, ia-se queixando aos amigos, preocupado, vendo aquele movimento uniformemente acelerado rumo ao abismo, mas não tinha coragem de por fim ao romance. Enfim romance é um eufemismo que nua e cruamente significava extorsão pura. Ele transformara-se num cachorro levado à trela pela Pureza, a brasileira de Fortaleza,  por quem se deixara seduzir.

Na rua das Pegas não se falava de outra coisa. O Túlio, o Túlio Santos , estava a ficar completamente dominado por aquela fera, aquela brasileira oportunista que lhe ia depenando as economias como um vampiro sugando o sangue das suas presas. Ele era o alvo número um da chacota e do anedotário local. Túlio, o Santo da Pureza imaculada! Um idiota chapado, mas convencido de ser um D. Juan!!!

E pouco depois a panelinha do mexerico entrou em ebulição explosiva!

Ela pedira-lhe para regressar ao Brasil... por uns tempos.

Ele, já fartinho de ser sugado até à medula, aceitou o alvitre. Levou-a de bom grado ao aeroporto. Pensava até, quando ela estivesse em terras de Vera Cruz, pedir-lhe para não regressar...O saque estava a arruiná-lo e não via fim para aquilo.

Depois de a levar ao aeroporto Sá Carneiro, feliz da vida, sem um peso enorme na consciência, regressou a casa.

Foi aí que deu pelo roubo; ela tinha-o depenado até ao último cêntimo. Abrira-lhe o cofre, levara as barras de ouro, os dólares, as economias furtadas ao sempre odioso fisco,  e até as economias do netinho, o Cristianinho, que amealhara durante anos e anos com tanto carinho...
Pega safada!
Pensou suicidar-se. Mas também vingar-se; ainda hoje, anda confrontado com esses dois sentimentos, meio tonto, meio alucinado, percorrendo de lés a lés a rua das Pegas...

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

E esta, hein?!!!



A senhora ministra da justiça veio a público divulgar que o mandato da senhora Procuradora Geral da República não seria renovado em outubro próximo!
O país ouviu esta declaração de propósitos governamentais e interrogou-se: será normal que o governo se pronuncie com tanta antecedência?
Afinal a senhora ministro veio a público esclarecer que não é decisão governamental mas o seu parecer pessoal!
Ora, a gente interroga-se com razão: havia necessidade de dizer isto, nesta hora, em público?!
É óbvio que não. Tem implicações diversas e poderá visar (falo em termos probabilísticos) uma guerra surda nos bastidores atirando para terrenos perigosos esta questão. A governamentalização da justiça, tantas vezes falada __ e ferozmente denunciada pelo jornalismo isento e lúcido__ no tempo de José Sócrates volta a desencadear uma inteligente e séria preocupação da parte dos jornalistas credíveis (VER AQUI) que vislumbram neste episódio, algo de preocupante. Será que vem aí  o tempo dos condicionamentos,  das intimidações implícitas ou explícitas, dos processos disciplinares aos magistrados menos  servis?!!! Será que a transparência começará a ser apodada de "devassa da vida privada", "srip tease", ou coisa análoga?!

Esta senhora ministra poderá não chegar a outubro (tal como o próprio governo) mas já vem à praça pública mostrar intenções e tomadas de posição, de forma canhestra, precipitada  e algo trapalhona..

Senhora ministra, não sou racista nem misógino, nada tenho contra as mulheres em sentido lato do termo, mas temo que a coisa comece a ficar preta para os seus lados...
E é pena porque a maioria dos portugueses começava a ter certa simpatia por si.
Há quem pense que está a tornar-se uma espécie de "testa-de-ferro" do regime angolano, por cá! Dói-me a Pátria!