sexta-feira, 1 de junho de 2018

EUROPA EM EBULIÇÃO...


Em  Espanha está-se  em fase de mudança de governação por força de uma moção de censura ao governo. Em Itália a formação do governo está periclitante. Os mercados financeiros agitam-se e o peso das dívidas, sobretudo nos países do sul, começa a ter reflexos negativos. O política de Trump um pouco errática, tem provocado apreensões e não gera um clima de sustentabilidade e de confiança.
O que se vai passar em Portugal?
Com o crescimento do PIB seria oportuna uma política anti-cíclica, contudo, os dois partidos que suportam o governo não estão pelos ajustes. O eleitoralismo feroz sobrepõe-se a um racionalismo ponderado, tendente a criar resistências e almofadas capazes de minorarem impactos imprevisíveis no futuro próximo. Espanha e Itália (mais a primeira) são muito importantes para Portugal. O nosso turismo e as nossas exportações dependem muito da actividade económica no país vizinho. Espera-se que esta mudança política não cause impactos negativos na economia.
Até lá, vamos assistindo a um braço de ferro entre o governo (pensando nos indicadores macroeconómicos e  na  desejável  contenção da dívida - perto dos 250 mil milhões de euros) e a ânsia dos partidos que suportam a governação em patentear  regalias sociais e melhores salários a todos.
Sabe-se que a demografia não pode ser subestimada. Temos uma população envelhecida, o peso dos encargos com os pensionistas é cada vez maior, os encargos com a dívida externa terão um pico em 2020 e/ou 2021 e  os actos eleitorais que se aproximam costumam ser  lesivos da situação macroeconómica, gerando despesismos exacerbados.
Quem vai executar uma política anti-cíclica (sempre pouco popular) num contexto demagógico e populista como aquele que é tradicional no nosso país em clima pré-eleitoral?

Aqui, a pedagogia e a informação permanente ao juiz-povo são imprescindíveis , para que saiba analisar e julgar com seriedade e rigor os agentes políticos.

j leite de sá

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